Músico apontado como “recrutador do Hezbollah” diz que foi ao Líbano para shows de pagode

Atualizado em 13 de novembro de 2023 às 14:01
O músico Michael Messias, preso por acusação de envolvimento com o Hezbollah. Foto: Reprodução

O músico Michael Messias, apontado pela Polícia Federal (PF) como suposto recrutador do Hezbollah e preso neste domingo (12), afirmou que foi procurado para fazer shows no Líbano. Ele estava no Rio de Janeiro quando foi detido e a Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias.

Michael afirmou, em depoimento, que esteve duas vezes no Líbano e que as viagens foram pagas pelo sírio naturalizado brasileiro Mohamad Khir Abdulmajid, que é apontado pela Polícia Federal como principal alvo da investigação sobre ameaça terrorista.

Ele negou qualquer envolvimento com o Hezbollah e relatou que não recebeu nenhuma proposta para colaborar com o grupo. Michael também alegou que foi procurado por Mohamad para fazer apresentações de pagode no Líbano. A PF não acreditou em sua versão e segue as investigações contra supostos “intermediários recrutadores”.

Israel Pedro Mesquita, criador de galinhas preso por acusação de envolvimento em uma célula terrorista. Foto: Reprodução

Na última quinta (8), foi deflagrada a Operação Tapiche, da PF, que prendeu pessoas supostamente ligadas ao grupo libanês. A Globo está atualizando o caso em primeira mão, com exclusividade. O resto da imprensa segue bovinamente atrás. A fonte da emissora é o Mossad, a agência de inteligência nacional de Israel.

O caso ressuscitou um episódio que ocorreu com o criador de galinhas Israel Pedra Mesquita, do Rio Grande do Sul, condenado à prisão por acusação de envolvimento em célula terrorista.

À época, a Operação Hashtag tinha como objetivo interromper supostos preparativos de ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos do Rio. Segundo as investigações, ele fazia parte de grupos ligados ao Estado Islâmico e era administrador de um perfil no Facebook relacionado ao grupo.

Em depoimento, Israel disse que conversava com pessoas que se interessavam pelo grupo para “aprender religião” e alegou que só os conheceu pessoalmente “na prisão”. Ele foi solto após prestar depoimento, sob condição de que permaneceria em sua cidade e se apresentaria regularmente à PF.

Ou seja, mais uma vez, como admitiu o comentarista da GloboNews Jorge Pontual, temos “a versão de Israel”. As perguntas óbvias: o que diabos o Hezzbollah e seu líder Hassan Nasrallah ganhariam explodindo uma sinagoga no Brasil? O que o Irã, amigo do Brasil, ganharia com essa bomba?

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