O presidente Lula afirmou que não pretende se manifestar sobre os candidatos à Presidência na Argentina, mas afirmou que o país precisa de um presidente que “goste de democracia” e “respeite as instituições”. A declaração ocorreu em sua live semanal, “Conversa com o Presidente”.
O petista afirmou que não quer influenciar no segundo turno da disputa eleitoral do país, mas ressaltou a importância da relação entre o Brasil e a Argentina, e explicou como vem resolvendo qualquer divergência com os recentes chefes de Estado da nação vizinha.
“Argentina e Brasil, nós precisamos um do outro, precisamos estar junto, sem divergência. Quando a gente tiver divergência, senta em uma mesa e negocia e acaba com a divergência, foi assim que eu convivi com a Argentina até agora”, afirmou Lula.
O presidente se manifestou sobre o tema após ataques do candidato de extrema-direita à presidência do país, Javier Milei, que o chamou de “comunista” e “corrupto”. Ele também chegou a sugerir que houve fraude no primeiro turno das eleições.
“É preciso ter um presidente que goste de democracia, que respeita as instituições, que gosta do Mercosul, que gosta da América do Sul, e que pense na criação de um bloco importante”, prosseguiu o presidente.
Milei já sinalizou que a Argentina deve deixar o Mercosul se ele for eleito. Por isso, Lula afirma que é necessário fortalecer a união na América do Sul e negociar junto de outras nações os acordos com grandes potências e blocos. “Para isso, temos que estar juntos. Se a gente briga a gente não vai a lugar nenhum”, diz o presidente sobre a importância do Mercosul.
Ele ainda mandou um recado aos eleitores argentinos e afirmou que “separados somos fracos”. “Só queria pedir para o povo argentino, na hora de votar, pense na Argentina, é soberano o voto de vocês. Mas pense um pouco no tipo de América do Sul que você quer criar, de América Latina que você quer criar e de Mercosul que você quer criar. Juntos seremos fortes, separados somos fracos”, completou.