Cerca de 116,6 milhões de brasileiros enfrentam uma onda de calor intensa, abrangendo 2.707 cidades, o que representa 57% da população do país. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de grande perigo, classificado no nível máximo, válido até sexta-feira (17), devido a temperaturas 5°C acima da média persistindo por mais de cinco dias.
Quinze estados e o Distrito Federal estão incluídos na área impactada, com destaque para Minas Gerais (853 municípios), São Paulo (645) e Paraná (292). A situação, considerada crítica, demanda atenção especial para a saúde da população.
Apesar de uma leve diminuição nas temperaturas no fim da tarde de terça-feira (13) na capital paulista, a meteorologista Maria Clara Sassaki, da Climatempo, alerta que o alívio será breve, já que a onda de calor persistirá até o final da semana. Possíveis recordes de temperatura são previstos, com maiores chances na quinta-feira (16) e ao longo da semana seguinte.
Enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul experimentam temperaturas moderadas devido às chuvas, o Inmet emitiu alertas de perigo de tempestades nesses estados. Em entrevista à CNN Brasil, a meteorologista Sassaki atribui essa condição a um bloqueio atmosférico, impedindo o avanço de uma frente fria do Sul para o Sudeste.
A meteorologista antecipa que a onda de calor perderá intensidade, especialmente no Sudeste, no final de semana, devido a uma frente fria mais intensa. Previsões indicam que a frente fria avançará pelo país, atingindo o Espírito Santo e Bahia na semana seguinte. Alertas de tempestades intensas no Sudeste durante o final de semana são destacados em decorrência dessa mudança climática.
A explicação de Sassaki ressalta que a frente fria do Sul só conseguirá superar o “bloqueio atmosférico” quando ganhar intensidade ou quando a massa de ar seco perder sua força. A população é aconselhada a permanecer informada sobre atualizações meteorológicas e tomar precauções diante das condições climáticas adversas.