O Comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, pediu uma investigação internacional diante de “acusações extremamente graves” de violações do direito internacional durante a guerra entre Israel e o grupo Hamas.
Em uma sessão em Genebra, Türk destacou a necessidade de responsabilização para as múltiplas violações do direito internacional humanitário, independentemente da parte responsável:
“Acusações extremamente graves de múltiplas e profundas violações do direito internacional humanitário, independente de quem as cometa, exigem uma investigação rigorosa e a total responsabilização”.
A embaixadora de Israel na ONU, Meirav Eilon Shaha, rejeitou as acusações, afirmando que o direito internacional não deve permitir que “organizações terroristas” se beneficiem de apoio internacional.
Já o representante palestino Ibrahim Khraishi, pediu à comunidade internacional que desperte para o que ele descreveu como um “massacre e genocídio”:
“Quando as autoridades nacionais se mostram relutantes ou incapazes de realizar tais investigações, e onde há narrativas contestadas sobre incidentes particularmente significativos, uma investigação é necessária”.
Volker Türk fez essas declarações após uma visita ao Oriente Médio, na qual não obteve permissão para entrar em Israel ou nos territórios palestinos. Ele expressou preocupação com a intensificação da violência e discriminação contra os palestinos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.
? Chefe da ONU pede investigação sobre violações de direitos humanos cometidas por Israel pic.twitter.com/mzYUj8x5BT
— UOL Notícias (@UOLNoticias) November 16, 2023
O contexto da guerra recente inclui um ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, seguido pela promessa de Israel de “aniquilar” o movimento islamista, resultando em bombardeios diários na Faixa de Gaza.
Mais de 11.500 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, perderam a vida nos ataques. Türk ressaltou que a guerra vai além de Gaza, alertando sobre a situação na Cisjordânia ocupada, que ele descreveu como potencialmente explosiva. Com informações do UOL.
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