O investigador da Polícia Civil que foi flagrado apontando uma arma para um adolescente negro no bairro do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, negou que tenha ocorrido agressão ou sido racista.
Em um vídeo, Paulo Hyun Bae Kim afirmou que estava com a esposa e os filhos quando o jovem teria levado o aparelho da sua companheira. Em seguida, o investigador sacou a arma e correu atrás do rapaz para tentar prendê-lo.
“Um deles acaba por perder equilíbrio, e um dos pedestres ali, um dos cidadãos ali, acaba detendo esse menor, o suposto menor. Ocorre uma aglomeração de pessoas, e uma delas ali grita ‘solta, solta, solta o moleque, solta o moleque’”, disse.
“Em momento nenhum eu excedo na minha conduta. Não existe agressão ali. Eu só queria contê-lo e prendê-lo. (…) Eu não sou um cara racista”, acrescentou.
Paulo está sendo investigado pela Corregedoria da corporação. “A Polícia Civil, a partir do momento que tomou conhecimento do vídeo, instaurou inquérito policial e identificou o homem armado, que se trata de um investigador de polícia. A Corregedoria foi acionada e apura o caso”, disse a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) em nota.
Durante o episódio, uma policial militar assistiu toda a cena sem intervir. Ao ser questionada sobre a falta de ação por um fotógrafo, ela disse que estava de “folga” e que o “procedimento é ligar para o 190 e chamar uma viatura”.
Por causa da omissão, a policial foi afastada dos serviços operacionais até a conclusão do Inquérito Policial Militar, que foi instaurado para apurar o caso.
Veja o vídeo: