O deputado Hélio Lopes (PL-RJ), durante entrevista à Folha de S.Paulo, rejeitou a ideia de políticas públicas para reparação histórica dos descendentes da população escravizada no Brasil, criticando a proposta do movimento negro. Durante suas declarações, ele questionou a eficácia dessa abordagem, afirmando: “O que aconteceu não tem como mudar. Mas essa reparação… Eu acho que é falha.”
Nascido e criado no morro do Tempero, Rio de Janeiro, Hélio criticou as políticas afirmativas, mas disse apoiar as cotas sociais. Ele compartilhou sua experiência de luta para estudar na infância e destacou que “só pode mudar através da política.”
Lopes também direcionou críticas a falta de reconhecimento do movimento negro quando foi o mais votado do Rio de Janeiro, alegando: “A luta do movimento negro não é pela cor, não é pela causa, é pelo voto.” Ele se tornou alvo de críticas da esquerda e enfrentou uma denúncia por injúria racial, que foi rejeitada pelo juiz. O deputado destaca um possível viés político nas análises de seus casos.
“Eu quero ver a bancada negra se manifestar quando eu pegar os meus processos e mandar para eles. Se eu fosse negro de esquerda tinha um monte de gente presa. A luta do movimento negro não é pela cor, não é pela causa, é pelo voto”, disse.
O deputado, que não integra a bancada negra, nega a existência de um racismo estrutural no país, considerando casos esporádicos.
“Eu sou contra a construção do movimento negro, mas que exista o movimento negro e que ele esteja feliz defendendo as pautas deles. Não quero que eles defendam a minha pauta. Eu sou contra, mas respeito que todo mundo se reúna e que lute pelos objetivos. Mas não tem que estar implantado aqui em mim que eu tenho que pensar igual a eles”, afirmou.
Sobre sua relação com Bolsonaro, ele afirmou não ter se sentido usado: “Bolsonaro é um irmão que a vida me deu.”
Apesar das críticas ao movimento negro, Lopes disse que respeita sua atuação e afirmou que defende a diversidade de pensamento.
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