Bolsonaristas dizem que general tem culpa por morte de terrorista na Papuda; entenda

Atualizado em 22 de novembro de 2023 às 13:58
O bolsonarista Cleriston Pereira da Cunha, preso pelo 8/1 que morreu na Papuda, e o general Gustavo Henrique Dutra. Foto: Reprodução

Bolsonaristas estão culpando o general Gustavo Henrique Dutra pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, preso pelos ataques terroristas do 8 de janeiro que morreu enquanto estava na Papuda. Ele era o comandante militar do Palácio do Planalto na data do atentado e tem sido chamado de “general de merda”.

O deputado Ricardo Salles (PL-SP) é um dos responsáveis pelo movimento que culpa o general pela morte do terrorista. Ele compartilhou um vídeo do depoimento de Dutra nas redes sociais e afirmou que “a culpa da morte do rapaz é também, em parte, desse general de merda”.

O conteúdo compartilhado por Salles é uma declaração do general durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CL-DF). Na ocasião, ele contou que a polícia isolou o local dos ataques e os terroristas foram presos no dia seguinte.

“As pessoas acharam que nós estávamos isolando a praça para protegê-las e foram dormir. No dia seguinte, a polícia chegou na hora certa, com todos os meios, prendemos mais de mil pessoas na praça sem nenhum incidente”, relatou.

Cleriston Pereira da Cunha morreu na última segunda (20) enquanto tomava banho de sol na Papuda. Ele estava detido no Centro de Detenção Provisória (CDP II) desde o dia 8 de janeiro, quando foi preso dentro do Senado Federal.

O Corpo de Bombeiros e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram ao local para tentar reanimá-lo, mas não tiveram sucesso.

O bolsonarista sofria de sequelas causadas pela Covid-19 e recebia tratamento médico há oito meses “por quadro de vasculite [inflamação de vasos sanguíneos] de múltiplos vasos e miosite secundária” causada pelo vírus, segundo a médica Tania Maria Liete Antunes de Oliveira.

O advogado de Cleriston, Bruno Azevedo de Souza, pediu, em fevereiro deste ano, que a Justiça concedesse liberdade provisória a ele por conta de sua “saúde debilitada”, mas o pedido foi negado.

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