O presidente Lula indicou nesta quinta-feira, 23, Leonardo Magalhães para o cargo de defensor público-geral federal da Defensoria Pública da União (DPU).
Mineiro, Magalhães é defensor federal há 15 anos com atuação em diversas áreas, entre elas a de defensor público interamericano junto à Comissão e à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Em 2021, a CPI da Covid teve acesso a mensagens de celular apontando que Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do então presidente Jair Bolsonaro, mãe de Jair Renan, entrou em contato com o Palácio do Planalto para influenciar em nomeações de órgãos públicos a pedido do lobista Marconny Faria, investigado pela comissão.
Faria pediu a mãozinha de Ana Cristina para sugerir a escolha do defensor público da União. As conversas indicam que um dos candidatos, o mesmo Leonardo, procurou o lobista para pedir apoio à candidatura e ele contatou Ana Cristina. Na mensagem, enviou a ela o e-mail institucional de Jorge Oliveira usado à época.
Ela escreveu o seguinte: “Bom dia meu amigo. Venho lhe pedir um apoio ao candidato Dr Leonardo Cardoso de Magalhães para assumir o cargo de Defensor Público-Geral Federal da Defensoria Pública da União. É um candidato alinhado com os nossos valores, técnico e apoiador do Jair, sei que os outros dois candidatos são de esquerda, se puder fazer isso por mim serei muito grata um abraço”.
A deputada federal Bia Kicis, rainha das fake news, uma das figuras mais abjetas da extrema-direita, também levou o nome de Leonardo ao ex-presidente.
Bolsonaro acabou indicando Daniel Macedo para o cargo. Agora, no governo Lula, Magalhães emplacou.