Marco Aurélio de Carvalho, Tebet, Lewandoswki: os cotados para a Justiça

Atualizado em 28 de novembro de 2023 às 9:27
Lula e Marco Aurélio de Carvalho. Foto: reprodução

A indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) pode acirrar a pressão de setores do PT visando à divisão do Ministério da Justiça e a criação de uma pasta dedicada exclusivamente à Segurança Pública, uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com incerteza sobre o assunto, já surgem especulações sobre possíveis substitutos para a estrutura que ficará vaga com a saída de Dino. Nomes como o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, que teve papel crucial na investida do PT contra a Operação Lava-Jato, são mencionados, assim como o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski e Simone Tebet, titular do Planejamento, segundo o Globo.

A possível nomeação de Tebet é vista pelos colaboradores de Lula como uma tentativa de compensar a ausência de representatividade feminina no Supremo. Uma eventual mudança também poderia abrir espaço para outra mulher ser indicada ao Planejamento. Dino foi indicado para a vaga da ministra aposentada Rosa Weber, deixando a Corte com apenas uma magistrada, a ministra Cármen Lúcia.

Caso haja esse remanejamento, o deslocamento de Tebet para a Justiça desencadearia uma nova corrida nos bastidores do governo em busca de um substituto para sua atual posição, uma das mais relevantes na área econômica do Executivo.

Ministra do Planejamento, Simone Tebet, e ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski são cotados para assumir pastas de Lula em eventual desmembramento da Justiça
Ricardo Lewandowski e Simone Tebet. Foto: reprodução

A criação do Ministério da Segurança Pública era uma promessa de campanha de Lula, embora não tenha sido bem aceita por Dino. Ele conseguiu impor sua visão ao assumir a pasta nos termos desejados. Contudo, tanto o presidente quanto o PT, ocasionalmente, se mostraram favoráveis à separação.

No final de outubro, durante sua live semanal, o chefe do Executivo mencionou a possibilidade de criar a pasta, que se tornaria a 39ª do governo.

Em um cenário de divisão ministerial, há outros nomes considerados. Ricardo Cappelli, atual secretário-executivo e braço-direito de Dino, é cogitado para assumir a pasta da Segurança Pública. Para a Justiça, o presidente também poderia optar pelo atual advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, que já estava entre os indicados para o Supremo.

Além disso, interlocutores do presidente petista sugeriram o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, como possível nome para liderar um futuro ministério da Segurança Pública.

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