VÍDEO – “Obedeça!”: juíza se descontrola com advogado em audiência em SC

Atualizado em 28 de novembro de 2023 às 18:40
Audiência trabalhista virtual na qual a juíza Kismara Brustolin se descontrolou com advogado. Reprodução

Uma audiência trabalhista realizada em 13 de novembro deste ano em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, está causando repercussão nos meios jurídicos.

Durante o evento, uma juíza do Trabalho repreendeu, aos gritos, um depoente do caso em discussão, exigindo que o indivíduo respondesse diretamente a ela. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, a magistrada Kismara Brustolin interrompe o testemunho e se dirige ao homem em questão, declarando: “Eu chamei a sua atenção; você deve responder assim: ‘O que a senhora deseja, excelência?'”.

O depoente aparenta estar assustado e permanece em silêncio por alguns segundos. Em seguida, a juíza Kismara insiste que ele deve dizer: “O que a senhora deseja, excelência?”.

O homem alega não compreender, e ela continua a exigir, aos berros, que ele repita a frase. Por fim, ela decide desconsiderar o depoimento do testemunho, que estava sendo apresentado em nome da empresa envolvida no processo.

Durante a audiência, ele tenta explicar as dificuldades do depoente em se manifestar, alegando que o mesmo estava em uma feira.

Entretanto, a juíza interrompe o advogado, argumentando que o homem teria falhado em demonstrar “respeito”. Por fim, a magistrada conclui que a exclusão do depoimento ocorreu devido à testemunha não ter agido com “urbanidade e educação”.

Diante da repercussão do caso nesta terça-feira (28), a OAB-SC procurou o presidente do Tribunal Regional do Trabalho em Santa Catarina (TRT-12), José Ernesto Manzi.

A pedido da presidente da Ordem no Estado, Cláudia Prudêncio, o desembargador receberá a Comissão de Prerrogativas da entidade durante a tarde para discutir a questão.

Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho em Santa Catarina (TRT-12) se pronunciou sobre o ocorrido:

“O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região tem como missão realizar a justiça nas relações de trabalho, contribuindo para a paz social e o fortalecimento da cidadania. A situação observada na audiência ocorrida em 14 de novembro na Vara do Trabalho de Xanxerê é um incidente isolado e será devidamente investigado pelo TRT-SC por meio de sua Corregedoria”.

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