O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi exonerado do cargo de acordo com o decreto publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30), sendo uma saída a pedido. Em seu lugar, Carlos Henrique Menezes Sobral foi nomeado ministro até 3 de dezembro.
Essa movimentação segue uma série de mudanças ministeriais recentes, como a saída do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para participar de votações no Senado, sendo renomeado após dois dias.
Sabino, eleito deputado federal pelo União Brasil, deixou a Câmara dos Deputados para assumir o Turismo, e ao ser exonerado, retorna ao seu posto parlamentar. Enquanto isso, a Câmara está focada na análise da Reforma Tributária.
A nomeação de Sabino em julho, substituindo Daniela Carneiro, foi uma exigência do União Brasil após a saída de Daniela do partido. Essa troca foi promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visando expandir sua base no Congresso Nacional.
Sabino, antes de ser exonerado, esteve na Espanha para um evento na indústria de reuniões e conferências entre 26 e 29 de novembro.
Em junho deste ano, Sabino apagou uma publicação em que condenava a indicação de Lula para o Ministério da Casa Civil pela então presidente Dilma Rousseff, em 2016. Na publicação, ele se referiu ao petista como “homem que poderia ser preso por crimes como lavagem de dinheiro”.
O bolsonarista ainda recebeu uma grande fatia do Orçamento Secreto. Sabino foi beneficiado com pelo menos R$ 27,2 milhões de verbas em 2022. Ele ainda esteve entre os 30 parlamentares federais que mais indicaram recursos. O valor gira em torno de R$ 54,1 milhões.