Três dias após o fim da trégua, Israel retomou a ofensiva contra a Faixa de Gaza e ocupou a região sul do território com tanques de guerra. A área foi poupada durante a primeira fase da guerra, quando o governo israelense focou no norte e na capital.
Dezenas de tanques israelenses invadiram a região fronteiriça perto de Khan Yunis, que havia recebido ordem para evacuação às vésperas da ocupação. A área já havia sido de israelenses e foi bombardeada, junto da cidade no centro de Gaza Deir Al-Balah, por 200 ataques aéreos.
O ataque por terra com blindados é uma tentativa, segundo Israel, de fechar o cerco contra as posições do Hamas no sul. A região concentra boa parte da população de Gaza desde que israelenses deram um ultimato para que moradores do norte deixassem a área.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que tem como objetivo evitar mais mortes durante a nova ofensiva. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, no entanto, quase 500 pessoas morreram entre domingo (3) e esta segunda (4), totalizando 15.899 vítimas da guerra.
O Egito, que tem cedido a passagem de Rafah, ao sul de Gaza, para a saída de reféns, pediu para que Israel garanta a entrada de ajuda humanitária pelo ponto. A saída de estrangeiros e seus parentes que pediram repatriação tem sido travada, no entanto.
Israel e o Hamas iniciaram uma trégua no último dia 24 e o acordo finalizou na última sexta (1). No período, foram liberados 109 reféns capturados pelo grupo e 240 mulheres e menores de idade palestinos presos sem condenação em cadeias israelenses.