De acordo com o levantamento do Wall Street Journal divulgado neste sábado (9), o ex-presidente Donald Trump liderou pela primeira vez sobre Joe Biden em uma pesquisa de intenção de voto para as eleições de 2024. Trump obteve 37% das intenções de voto, seis pontos à frente de Biden, que ficou com 31%.
Os pré-candidatos Robert F. Kennedy Jr. (8%), Joe Manchin (3%), Cornel West (3%), Jill Stein (2%) e Lars Mapstead (1%) aparecem atrás. Os indecisos somam 14%. Quando a escolha é limitada a Trump e Biden, o ex-presidente lidera com 47% das intenções de voto, enquanto o atual ocupante da Casa Branca tem 43%. A diferença está dentro da margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
O cenário destaca a preocupação dos democratas com uma terceira via, podendo dividir votos essenciais em uma disputa acirrada. A pesquisa indica que, até o momento, os democratas são os mais afetados por esse cenário.
Desde o meio de 2023, Biden tem centrado sua campanha na sua política econômica, denominada “Bidenomics”. Apesar do discurso de melhora da economia, mais da metade dos eleitores tem uma visão negativa do programa, de acordo com o Wall Street Journal. Apenas 23% afirmam que as políticas de Biden os ajudaram pessoalmente, em contraste com 49% que dizem o mesmo sobre Trump.
A pesquisa também mostra que o eleitorado considera o ex-presidente superior a Biden em questões relacionadas à economia, inflação, crime, fronteiras e à guerra Israel-Hamas. Apenas nos temas de aborto e “tom político”, Biden supera Trump.
Além disso, a pesquisa indica que Biden está perdendo apoio entre os eleitores que o elegeram em 2020. Cerca de 13% dos eleitores do democrata na última eleição não pretendem votar nele novamente, enquanto no caso de Trump, apenas 6% abandonaram o ex-presidente.
No recorte por grupos de eleitores, a pesquisa mostra que Biden está particularmente fraco entre os jovens, negros e hispânicos, que historicamente tendem a eleger democratas. Os analistas responsáveis pela pesquisa observam que esses grupos estão insatisfeitos com Biden, mas ainda podem ser convencidos a votar no atual presidente no próximo ano.
Outro ponto destacado é que, em meio a uma onda de más notícias, aumentou de 20% para 26% o percentual de eleitores que afirmam que a inflação está se movendo na direção certa. Este é um aspecto relevante, considerando que a inflação tem sido um grande desafio para Biden.