O influenciador bolsonarista Renato Cariani, alvo de busca e apreensão da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos destinados à produção de crack e cocaína, se manifestou sobre o caso. Ele diz que foi “surpreendido” pela ação da corporação e alega não ter acesso ao conteúdo da investigação.
“Pela manhã, fui surpreendido com um cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa e fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas em um processo, que eu não sei [o conteúdo], porque ele corre em segredo de Justiça”, afirmou Cariani.
A PF investiga a empresa Anidrol, indústria química que tem Cariani como um dos sócios, e foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em endereços em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Os alvos são suspeitos de desviar 12 toneladas de produtos químicos para produção das drogas.
Segundo o influenciador, essa empresa “tem sede própria, todas as licenças, todas as certificações nacionais e internacionais e trabalha totalmente regulamentada”. A PF aponta que o esquema de desvio de produtos químicos abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas autorizadas a vender produtos químicos, com uso de “laranjas” e depósitos em espécie.
Cariani diz que a operação foi uma “surpresa” para ele e sua sócia na empresa, e que já pediu aos seus advogados para solicitar acesso aos autos do processo.
“Meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver esse processo. Aí eu vou entender o que consta nessa investigação. Eu sofri busca e apreensão porque sou um dos sócios. Todos os sócios sofreram busca e apreensão”, prosseguiu.
Ele prometeu fazer um novo pronunciamento após ter acesso ao conteúdo da investigação. A Polícia Federal pediu a prisão de Cariani e de outros três suspeitos, mas todas as solicitações foram negadas pela Justiça.