A Polícia Federal investiga Renato Cariani, influenciador fitness, por suspeita de falsificação de e-mails com um falso representante da AstraZeneca. A Operação Hinsberg, deflagrada nesta terça-feira (12), visa desvendar desvios de substâncias químicas utilizadas no tráfico de drogas para a produção de crack, movimentando aproximadamente R$ 6 milhões em seis anos.
Em 2019, a Receita Federal identificou depósitos em dinheiro vivo de R$ 212 mil em nome da AstraZeneca nas contas da empresa de Cariani, a Anidrol. O laboratório negou reconhecer as transações, e Cariani apresentou à Receita Federal uma troca de e-mails com “Augusto Guerra”, suposto representante da Astrazeneca, envolvendo a venda de químicos.
Com autorização judicial, a Polícia Federal obteve acesso à quebra de sigilo telemático e descobriu que “Augusto Guerra” era um homem morto. Provas indicam que Felipe Spinola, amigo de Cariani, registrou o e-mail em nome do falecido, com o domínio “augustoguerra@astrazenecabrasil.com.br”.
Em trocas de mensagens desde 2017, o falso representante da AstraZeneca discute orçamentos para grandes volumes de substâncias químicas. Investigadores afirmam que o diálogo foi uma tentativa de provar o contato com o laboratório. Descobriu-se que a empresa do influencer emitiu 60 notas fiscais à AstraZeneca, sendo 10 após o início das investigações.
Embora a PF tenha solicitado a prisão preventiva de Cariani e outras três pessoas, o pedido foi negado. A Operação Hinsberg cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em endereços em São Paulo, Paraná e Minas Gerais, incluindo a mansão do influenciador.
Cariani, com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões no YouTube, é reconhecido como um dos principais influenciadores fitness do Brasil, tendo colaborado com personalidades como Danilo Gentilli e MC Daniel.
*Com informações do Metrópoles
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