Após ser alvo da Polícia Federal por denúncias de desvio de material para a produção de crack e cocaína, o influenciador bolsonarista Renato Cariani culpou a mídia, em vídeo publicado nas redes sociais, pela forma como a notícia tem repercutido na imprensa.
“É muito difícil você ver o quanto você é machucado, ferido, a quantidade de absurdos que são escritas, a forma que a mídia se apropria da sua imagem e constrói uma coisa horrorosa”, disse ele, após declarar que a última terça-feira (12) foi “um dos piores dias” de sua vida.
Porém, o “empresário do crime”, como foi descrito pelos investigadores, afirmou que não deixaria que isso o derrubasse: “Hoje eu acordei falando que vou fazer meu dia como tem que ser: cheio de energia, força e coragem, afinal de contas eu sei a pessoa que eu sou, eu sei o trabalho que eu faço, eu sei o quanto eu luto todos os dias para construir minha história”.
⏯️ Renato Cariani usou as redes sociais, nesta quarta-feira (13/12), para fazer um desabafo após ser alvo de uma ação da Polícia Federal. O influenciador disse que a última terça-feira (12/12) foi o dia mais difícil da sua vida. Ele ainda afirmou que tudo isso não vai derrubá-lo. pic.twitter.com/LiwoBHILWf
— Metrópoles (@Metropoles) December 13, 2023
Sobre a investigação
Na manhã de terça-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a Operação Hinsberg, visando combater o tráfico de drogas e desvio de produtos químicos. A ação tem como principal alvo a empresa Anidrol, localizada em Diadema, Grande São Paulo, e conta com o influenciador fitness Renato Cariani como sócio.
Cariani, bolsonarista com mais de 7 milhões de seguidores, também está entre os alvos da operação, que cumpre 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O grupo é suspeito de desviar toneladas de um produto químico utilizado na produção de crack, estimando-se entre 12 e 16 toneladas dessa droga.
A PF aponta que o quilo do crack pode ser vendido entre US$ 3 mil e US$ 5 mil no mercado interno brasileiro. A operação, realizada em conjunto com o GAECO do MPSP e a Receita Federal, teve início em 2022, após uma empresa farmacêutica multinacional denunciar notas fiscais faturadas em seu nome, sem sua autorização.
O esquema de desvio de substâncias químicas, feito ao longo de seis anos, foi capaz de produzir cerca de 15 toneladas de crack, segundo a investigação. A PF solicitou a prisão preventiva de Cariani e mais três pessoas, alegando reiteração delitiva durante o período. No entanto, a Justiça negou os pedidos de prisão.
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