Em 2016, Danielle Vasconcelos, candidata a uma cadeira no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), compartilhou uma imagem segurando bonecos representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a então chefe do Planalto, Dilma Rousseff, vestidos como presidiários.
Na época, o registro foi divulgado durante manifestações anti-governo, quando o país testemunhava uma onda de oposição ao Partido dos Trabalhadores e um amplo apoio à Operação Lava-Jato.
Entretanto, nos sete anos subsequentes, o cenário político brasileiro mudou consideravelmente. Lula foi efetivamente detido em 2018, mas deixou a prisão aproximadamente um ano depois, e suas condenações foram anuladas em 2021.
A Lava-Jato, antes aclamada, enfrentou uma série de derrotas, com várias decisões revertidas pelo Supremo Tribunal Federal. Agora, Danielle, em busca da vaga no TRF2, precisará do aval do atual presidente, caso seja incluída na lista de três nomes ao final do processo.
O procedimento de escolha consiste na candidatura de Danielle na segunda lista do quinto para o tribunal, com votação prevista para fevereiro de 2024.
A primeira lista, formada pelo Conselho Federal da OAB, foi votada nesta terça-feira, 12, resultando na seleção dos seis candidatos iniciais. Em seguida, os desembargadores federais reduzem a lista para três postulantes, a lista tríplice, que é enviada ao presidente Lula. A decisão final sobre quem ocupará a vaga fica a cargo do presidente.
A publicação que mostrava Lula e Dilma como presidiários, compartilhada por Danielle na época, foi posteriormente removida de suas redes sociais. Atualmente, seus perfis estão configurados como privados.
Ela é especialista em Direito Público e Privado, ocupa a presidência da Comissão de Estudos sobre Alienação Parental e é coordenadora da Comissão de Prerrogativas, ambas na OAB-RJ. Ao ser procurada, ela negou ser candidata à vaga.
Recentemente, um advogado que sugeriu a guilhotina para Lula foi indicado pela OAB para o TST.