Falando de Roma com o DCM, o jurista, advogado e professor Walter Fanganiello Maierovitch, estudioso das organizações criminosas do cybercrime, considerou gravíssimo o caso da invasão do perfil da primeira-dama Janja no X, antigo Twitter.
Maierovitch viu daí um sintoma para uma grave problema que o Brasil deve atacar, a despeito dos 17 anos anos do suposto autor da invasão hacker: os ataques também miraram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A apuração ficará sob a responsabilidade da Diretoria de Crimes Cibernéticos, que abrirá um inquérito nesta terça 12.
Na avaliação de Maierovitch, não dá para subestimar a trama: o modus operandi fascista é surpreendentemente previsível e repete a campanha. Atos isolados são o aviso do que mais virá. “Não podemos minimizar, isso está acontecendo em outros países, inclusive na Itália”, pontua.
O que se discute hoje é se esse já é um “terrorismo virtual”, que possa ser enquadrado em lei. Como escreveu Janja, “é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri é o que muitas mulheres sofrem diariamente”.