A fake news sobre Jéssica Canedo e Whindersson Nunes, que causou a morte da jovem, não é o primeiro absurdo publicado pela Choquei e outras páginas de fofoca. Esses perfis são conhecidos por publicarem informações distorcidas e até repercutir teorias da conspiração sem nenhuma checagem.
Um dos casos mais emblemáticos da Choquei é a divulgação de uma suposta pesquisa que teria descoberto uma cidade soterrada na Amazônia: Ratanabá, que teria uma área maior do que a grande São Paulo e teria sido usada por civilizações antigas.
A mentira viralizou no TikTok e gerou um pico de buscas no Google, o que motivou a Choquei a surfar na repercussão que o tema estava gerando. Um dia depois, a página desmentiu o próprio post e admitiu que “caiu numa fake news”.
A mesma página também fez um post mentiroso após o acidente de avião de Marília Mendonça dizendo que ela estaria viva e chamando as notícias sobre seu óbito de “fake news”. O post foi feito no dia 05 de novembro de 2021, data da morte da artista.
A Choquei não é a única página desse ecossistema que compartilha notícias falsas que seriam facilmente verificadas. Os perfis “Babadeira” e “Alfinetei”, ambas do Instagram, divulgaram um suposto caso de homem que salvou a namorada de um incêndio, teve o rosto deformado pelas chamas e foi deixado dois meses depois do episódio.
As páginas usaram uma foto do ator sul-coreano Song Kang para ganhar cliques com a história inventada.
A Choquei também costuma usar nomes de personalidades que estão tendo muita repercussão nas redes para ganhar engajamento. Foi o caso do jogador de futebol Cristiano Ronaldo, que em 2022 perdeu um filho após complicações no parto da esposa, Georgina Rodríguez.
Na ocasião, a página zombou do caso, dizendo que o ano dele “não foi nada fácil” e colocando o episódio ao lado de seu desempenho em jogos de futebol.