O sucessor de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, no comando da maior milícia do Rio, terá o desafio de gerenciar um faturamento anual estimado em R$ 120 milhões, provenientes de atividades ilegais na Zona Oeste.
A origem do faturamento ilegal inclui extorsões, venda clandestina de sinal de TV a cabo e cobranças de taxas de segurança e pedágio para vans circularem. Com a entrega de Zinho à Polícia Federal (PF), surgem incertezas sobre seu substituto, mas indícios apontam para uma possível divisão temporária de comando.
Essa estratégia visa evitar disputas internas, semelhantes à ocorrida com o grupo comandado por Danilo Dias Lima, conhecido como Danilo Tandera, que perdeu territórios em 2022 para ex-aliados.
Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, é apontado como beneficiário desse loteamento, assumindo a administração de territórios na Favela de Antares, em Santa Cruz. Em outras localidades, como a Favela dos Jesuítas e a Favela da Carobinha, outros membros designados temporariamente cuidam dos negócios do grupo paramilitar.
Movimentações após prisão de Zinho
A prisão de Zinho desencadeou movimentações de grupos rivais. Informações indicam que milicianos armados foram avistados em Nova Iguaçu, próxima à Zona Oeste, onde negócios ilícitos são explorados por Gilson Ingrácio de Souza Junior, o Juninho Varão. Vale destacar, no entanto, que não está claro se esses movimentos visavam invasões ou apenas reforçar a presença para evitar possíveis ataques.
O histórico de Zinho na milícia remonta a 2015, quando foi detido por suspeita de lavagem de dinheiro, mas foi liberado dias depois.
Desde então o miliciano tem assumido o comando após as mortes de Carlos da Silva Braga (Carlinhos Três Pontes) e Wellington da Silva Braga (Ecko). Zinho agora aguarda julgamento, recluso no Complexo de Gericinó, enquanto a polícia investiga a transição de poder na milícia no Rio.
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