O programa “Globo Rural” teve uma edição especial neste domingo (31). Comemorando 44 anos no ar, o jornal semanal, bancado pelo agronegócio brasileiro, atingiu uma audiência recorde ao exibir uma reportagem em que mostrou “os costumes e as lições ancestrais do povo Yanomami”, vítima do genocídio durante o governo Bolsonaro.
A equipe global foi para a região do Demini, na divisa entre os estados do Amazonas e Roraima, e acompanhou o escritor e líder da comunidade Davi Kopenawa Yanomami, que também integra a Academia Brasileira de Letras.
Nesta edição especial, a reportagem mostrou como o aprendizado milenar das comunidades originárias conseguem construir suas ocas e produzir uma alimentação para todos sem a necessidade de desmatar e prejudicar o meio-ambiente, uma agricultura sustentável em contramão a um agronegócio cada vez mais devastador para o clima no mundo.
A população Yanomami tenta sobreviver em meio aos avanços de garimpeiros que, além da matança armada, prejudica a vida dos indígenas contaminando as águas com mercúrio, um material usado para separar o ouro a ser explorado nas terras que seguem sob disputa para demarcação.
Transmitido durante o horário aproximado de 9h a 10h15, o programa deste domingo conquistou um pico de 12 pontos de audiência, e média de 10,5 pontos, enquanto as emissoras concorrentes enfrentaram desafios, registrando números próximos a zero, considerados como traço de audiência.
O SBT, como vice-líder, obteve uma média de 1,7 ponto, seguido pela Record e TV Paga, ambas com 1,4 pontos. O “Globo Rural”, além da liderança, ultrapassou em audiência toda a programação das emissoras concorrentes.
Comparativamente à programação da Globo, o “Globo Rural” mostrou-se mais atrativo até mesmo do que a última temporada do programa “Pipoca da Ivete”, que passa em um horário em que se espera mais telespectadores.
Vale ressaltar que um ponto de audiência corresponde a 76.577 telespectadores na Grande São Paulo, de acordo com a Kantar Ibope Media.