O presidente Lula manifestou apoio ao padre Júlio Lancellotti, alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal de São Paulo. O petista não citou a iniciativa, feita pelo vereador bolsonarista Rubinho Nunes (União Brasil), mas elogiou o trabalho do religioso.
“Graças a Deus a gente tem figuras como o padre Júlio na capital de São Paulo, que há muitos e muitos anos dedica a sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua. Que dedica sua vida a seguir o exemplo de Jesus. Seu trabalho e da Diocese de São Paulo são essenciais para dar algum amparo a quem mais precisa”, afirmou o presidente.
Mais cedo, a cúpula do PT pediu ao presidente que ele fizesse uma manifestação pública em defesa do padre. O religioso esteve ao lado do petista no Palácio do Planalto em dezembro de 2023, durante o lançamento do Plano Ruas Visíveis, projeto para a investimento de quase R$ 1 bilhão para atender a população em situação de rua
Graças a Deus a gente tem figuras como o @pejulio, na capital de São Paulo, que há muitos e muitos anos dedica a sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua. Que dedica sua vida a seguir o exemplo de Jesus. Seu trabalho e da… pic.twitter.com/qUSRQRBnUr
— Lula (@LulaOficial) January 4, 2024
O padre se tornou alvo da CPI das ONGs, iniciativa de Rubinho que tem como objetivo investigar a atuação do padre, que é reconhecido por suas atividades em defesa das pessoas em situação de rua de São Paulo. O requerimento para criação do colegiado não cita diretamente o nome do religioso, mas ele é um dos principais alvos.
O padre Júlio vem recebendo apoio de uma série de políticos, ativistas e autoridades nas redes deste quarta (3). O pedido de instalação de CPI contra o religioso é visto como “perseguição” por parte do vereador bolsonarista, que disse ter recebido supostas “denúncias” sobre a atuação de ONGs no Centro da cidade.
O religioso já esclareceu que sua atividade não se enquadra em qualquer tipo de serviço que possa ser alvo da CPI e afirmou que não tem nenhum “convênio com a Prefeitura” da cidade. Portanto, suas atividades não deveriam ser alvo de investigação do legislativo.