O presidente do Equador, Daniel Noboa, assinou um decreto que reconhece situação de “conflito armado interno” em todo território nesta terça (9). A determinação autoriza o Exército a apoiar a polícia e ocorre após a nova onda de violência que atingiu o país.
Com a medida, Noboa ordena que as Forças Armadas realizem operações militares contra “organizações terroristas e atores beligerantes não estatais”. O decreto mira 22 grupos considerados terroristas para o governo equatoriano. São eles:
“Águilas, ÁguilasKiller, Ak47, Caballeros Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Covicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gánster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Lobos, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Mafia Trébol, Patrones, R7 e Tiguerones”.
EQUADOR: Criminosos invadem transmissão da TC Television ao vivo e fazem jornalistas de refém https://t.co/1oMcIHxbF5
— eplay (@forumeplay) January 9, 2024
A medida ainda altera determinação feita pelo presidente na segunda (8), que estabelece um estado de emergência e prevê patrulhas militares nas ruas e em prisões, além de um toque de recolher noturno nacional. O decreto inicial foi criado após a fuga de Adolfo Macías, líder da gangue Los Choneros conhecido como “Fito”, que sumiu da prisão onde cumpria pena no domingo (7).
Já o decreto desta terça foi feito pelo presidente após um grupo armado invadir o estúdio do canal de televisão TC Televisión, em Guayaquil.
O país tem passado por uma onda de violência nos últimos dias que inclui fuga em massa de presos, sequestros de policiais, explosões de veículos e até a execução de um guarda penitenciário. Há relatos ainda de tiroteios próximos o Palácio do Governo em Quito, saques e fechamento forçado de estabelecimentos comerciais.