Em debate na Jovem Pan, o deputado bolsonarista Delegado Palumbo (MDB-SP) se calou após ser confrontado com dados obtidos pela própria Polícia Civil de São Paulo sobre a taxa de criminalidade envolvendo CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores).
Durante a edição do programa “Linha de Frente” do dia 2 de janeiro, o parlamentar argumentou que o aumento de CACs não resulta num crescimento da taxa de criminalidade. Paulo Loiola, pesquisador e ativista contra a extrema-direita, mostrou que a taxa de crimes cometida pela categoria subiu 745% em quatro anos.
“O número de crimes cometidos por CACs no Brasil, são dados de 2023, aumentou 745% em quatro anos. O argumento não é justamente de que os CACs não aumentariam a criminalidade?”, questionou Loiola. Ele ainda cita os crimes que tiveram aumento, como tentativa de homicídio, comércio ilegal de armas de fogo, feminicídio e terrorismo.
Palumbo não acreditou nos dados e questionou: “Quem fez essa pesquisa?”. Em resposta, Loiola afirmou que a fonte é a Polícia Civil de São Paulo, corporação em que o parlamentar trabalhava, e o bolsonarista ficou calado.
Em outro momento do programa, o apresentador Nelson Kobayashi argumenta que o número de CACs no mesmo período aumentou em quase 700% e que, portanto, seria “natural” existir um aumento de crimes. Para Loiola, a correlação entre os dados só enfraquece a tese dos bolsonaristas.
“Você está me dizendo que é ‘natural’. Então, quanto mais armas eu tiver, mais a criminalidade vai aumentar?”, completa.
Veja:
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— Carlos A. R. de L. (@carlosparisfr) January 10, 2024