Os líderes das Forças Armadas estiveram presentes no evento “Democracia Inabalada” em Brasília na última segunda-feira (8), marcando o primeiro ano dos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, apoiados nos bastidores por uma parte dos militares. Contudo, mesmo participando do evento, a alta cúpula militar adotou uma postura contida, evitando demonstrar entusiasmo pela data.
Durante os discursos mais impactantes na cerimônia no Congresso, enquanto outras autoridades expressavam entusiasmo, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica mantiveram uma postura reservada. Isso ficou evidente, por exemplo, durante a participação de Alexandre de Moraes no palanque.
Observadores atentos notaram que os militares, posicionados distantes do palco, ouviram a fala do ministro do STF de maneira impassível, limitando-se a algumas palmas tímidas ao final. Com informações do jornal O Globo
Além disso, os três líderes militares abstiveram-se de emitir ordens do dia ou mensagens relacionadas às tropas, uma prática comum em momentos significativos do “calendário patriota”, como o Dia da Independência ou a Proclamação da República, em 7 de setembro e 15 de novembro, respectivamente.
As últimas mensagens desse tipo foram divulgadas no ano anterior. No Exército, liderado pelo general Tomás Ribeiro Paiva, a última comunicação, em 24 de novembro de 2023, referia-se ao Dia do Quadro Auxiliar de Oficiais.
Na Marinha, em 13 de dezembro, o almirante Marcos Sampaio Olsen destacou o Dia do Marinheiro (com respaldo de José Múcio Monteiro, da Defesa, que emitiu uma ordem do dia semelhante). Já na Aeronáutica, em 11 de dezembro, o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno celebrou o Dia da Infantaria.