Pressionado para manter Cappelli, Lula dá liberdade para Lewandowski ‘montar o time’

Atualizado em 11 de janeiro de 2024 às 16:30
Presidente Lula anuncia Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça. Foto: Reprodução

O presidente Lula anunciou que Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), vai assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele vai suceder Flávio Dino, que teve sua indicação para a Corte aprovada pelo Senado Federal e deve tomar posse no cargo em fevereiro.

O petista fez o anúncio no Palácio do Planalto, acompanhado de Lewandowski, Flávio Dino e da primeira-dama, Janja da Silva. Ele afirmou que o novo chefe da pasta terá a nomeação oficializada no próximo dia 19 e sua posse ocorre apenas em fevereiro.

“Eu só vou fazer o decreto da oficialização dele, a pedido dele, por conta de coisas particulares que ele tem que fazer, no dia 19. Acertamos que ele toma posse no dia 1º de fevereiro. Até lá, o companheiro Flávio Dino, que só vai tomar posse em 22 de fevereiro, ficará cumprindo a função da forma magistral que ele cumpriu até agora”, afirmou o petista durante discurso.

Para o presidente, Lewandowski foi “um extraordinário ministro da Suprema Corte” e celebrou a ida de Dino ao Supremo. “Eu acho que ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está aqui do meu lado, cada um na sua função”, prosseguiu.

Em meio ao imbróglio envolvendo o “número 2” da pasta, Ricardo Cappelli, o presidente afirmou que Lewandowski terá autonomia para montar sua própria equipe no ministério. Diego Galdino, “número 3” da pasta, foi exonerado nesta quinta (11).

“Normalmente, eu tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Quero que as pessoas montem o time que elas vão jogar. Se eu fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time. O meu time sou eu quem escalo. Se eu perder, me tirem, se eu ganhar, eu continuo”, afirmou o presidente.

O nome do ministro vinha sendo especulado desde que Dino foi indicado ao Supremo. Nos últimos dias, Lula se reuniu com os dois ao menos três vezes e confirmou a nomeação hoje.

Nesta quarta (10), após reunião com o petista no Palácio da Alvorada, Lewandowski confirmou que aceitou o convite e disse que está “indo para uma nova missão”. O ministro aposentado atuou por 17 anos na Corte e deixou o posto em abril de 2023, ao completar 75 anos.

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