O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Lula (PT), Ricardo Lewandowski, anunciou o jurista e professor Manoel Carlos de Almeida Neto para ocupar a posição de número dois na pasta, liderando a secretaria-executiva.
Após essa decisão, a Casa Civil realizará uma análise minuciosa do nome, aguardando o aval para a publicação no Diário Oficial.
Manoel Carlos irá suceder Ricardo Cappelli no cargo, homem de confiança do ministro Flávio Dino, que atuou como interventor na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal após os atos terroristas promovidos por bolsonaristas no dia 8 de janeiro.
Próximo a Lewandowski, Manoel Carlos indicou a interlocutores que não poderia recusar uma nova missão ao lado de seu antigo chefe.
Com oito anos na iniciativa privada e ocupando o cargo de diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ele chegou a ser cotado para ocupar a vaga de Lewandowski no Supremo, mas o presidente Lula (PT) optou por indicar o ministro Cristiano Zanin.
Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi Secretário-Geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a gestão de Lewandowski nessas instituições, é considerado uma espécie de filho jurídico do ministro.
De acordo com informações do Metrópoles, o futuro ministro da Justiça também convidará o chefe da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, a permanecer no cargo, avaliando que a corporação atende plenamente às expectativas do presidente Lula.
Lewandowski e o atual chefe da PF ainda não conversaram, mas deverão ter um encontro presencial nos próximos dias. Uma vez oficializado o convite, Andrei, que comandou a segurança de Lula na eleição de 2022, aceitará o pedido de permanência.
Apesar disso, o ex-ministro do STF não planeja realizar grandes mudanças no Ministério da Justiça. A proposta é fazer apenas alguns ajustes pontuais, pois Lewandowski já comunicou que sua gestão será marcada pela continuidade.