Suspeito de bloquear estradas após eleições, Jordy orientava golpistas por mensagens, diz PF

Atualizado em 18 de janeiro de 2024 às 9:29
Jair Bolsonaro e Carlos Jordy. Foto: reprodução

O deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) está entre os alvos da mais recente fase da operação Lesa Pátria, desencadeada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (18). As investigações revelam que Jordy trocava mensagens com um grupo de golpistas no Rio de Janeiro, fornecendo orientações sobre atos antidemocráticos.

Segundo informações do Blog da Camila Bonfim, do G1, investigadores afirmaram que o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de discussões sobre bloqueios de rodovias e sobre os atos terroristas ocorridos em Brasília, promovidos por bolsonaristas em 8 de janeiro.

O parlamentar participava ativamente desses grupos de mensagens, alternando entre os papéis de mentor e articulador, aproveitando sua força política para garantir poder de mobilização.

A Polícia Federal está cumprindo mandados de busca e apreensão na residência de Jordy, localizada em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e em seu gabinete no Congresso Nacional, em Brasília. Na casa dele, a PF apreendeu uma arma e R$ 1 mil.

Houve cogitação de abrir forçadamente o gabinete, mas a medida não foi necessária, pois um representante da Secretaria-Geral da Câmara forneceu a chave.

Ironicamente, Jordy havia protocolado, em março de 2023, um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegando suposto crime de responsabilidade na invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, na capital federal.

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Rio de Janeiro (8) e no Distrito Federal (2).

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