Reinaldo Azevedo desmonta versão de Jordy após ação da PF: “Várias mentiras”

Atualizado em 18 de janeiro de 2024 às 17:55
Carlos Jordy (PL-RJ), deputado federal investigado na Lesa Pátria. Foto: reprodução

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo de busca e apreensão na Operação Lesa Pátria nesta quinta-feira (18). Em sua defesa, o bolsonarista disse, em entrevista, que não fez incitações criminosas para os atos golpistas do 8 de Janeiro e teceu diversas críticas ao funcionamento das investigações contra ele.

Em resposta, o jornalista Reinaldo Azevedo listou três das “várias mentiras” ditas pelo parlamentar em pouco mais de um minuto. Na resposta para a imprensa, Jordy contou não tem “relação com nenhuma dessas pessoas que foram para os quartéis generais”, no entanto Azevedo relembrou que a Polícia Federal apresentou provas de que ele conversava sim com um dos golpistas, que inclusive o pedia instruções.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que o bolsonarista tinha “forte ligação” com o organizador dos atos golpistas, apontado como Carlos Victor Carvalho e descrito como “liderança da extrema-direita”.

Em outro momento da fala, Jordy reclama de não ter “o direito do devido processo legal” por alegar que não teve acesso aos autos do processo. Azevedo então questionou se “ele queria ‘acesso aos autos’ antes de ser investigado”.

Outras contestações do bolsonarista são sobre a origem da investigação. Ele criticou o inquérito 4.781, relacionado às fake news, mas não deve ter notado que “a ação está no âmbito do 4.920, um dos que foram abertos para investigar atos golpistas”, conforme descreveu o jornalista.

Ainda sobre a origem, Reinaldo fez questão de eliminar qualquer argumento que a extrema-direita possa usar sobre perseguição petista, uma vez que o pedido de investigação da PGR surgiu ainda na administração de Augusto Aras, que só depois foi substituído por Paulo Gonet, um indicado do presidente Lula (PT).

Em sua fala, Jordy também atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo o bolsonaristas, seriam “vítimas, julgadores, relatores e acusadores”, caracterizando a “ilegalidade do processo”. No entanto, como dito anteriormente, a ação criminal surgiu na Procuradoria-Geral da República.

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