“Nunca fui antissemita”: Genoino responde à Conib e diz ser solidário ao povo palestino

Atualizado em 22 de janeiro de 2024 às 17:42
José Genoino, ex-presidente do PT. Foto: reprodução

O ex-deputado federal José Genoino manifestou seu repúdio à nota emitida pela Conib (Confederação Israelita do Brasil) nesta segunda-feira (22), que o acusou de ser antissemita após uma participação do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores na live Sabadão do DCM. 

Após a transmissão do DCM TV,  repercutida pela extrema-direita nas redes e por alguns veículos da grande imprensa, a Conib afirmou que Genoino “pediu boicote contra empresas de judeus”, com o que está sendo acusado de ter proferido “uma fala antissemita”.

O boicote a empresas israelenses, nos moldes sugeridos pela liderança petista, é uma ação do “BDS Movement”, que lista as companhias que apoiam e estimulam o estado sionista a seguir os bombardeios em Gaza.

A fala exata do ex-parlamentar, possível de ser vista a partir 1h34’40” do vídeo abaixo é: “A ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que ferem interesses econômicos, uma forma interessante em relação a determinadas empresas de judeus, empresas vinculadas ao Estado de Israel”.

Veja a participação de Genoino no DCM:

https://www.youtube.com/watch?v=fuRecr1UsSE&ab_channel=DCMTV

Em nota encaminhada à imprensa, o ex-deputado repudiou o ataque sofrido através de uma manifestação da Conib e reafirmou sua crença na solução de dois estados, bem como seu papel na denúncia do genocídio contra o povo palestino:

“Apresento meu repúdio à nota da Conib e afirmo que não sou e nunca fui antissemita. Repudio, também, qualquer tipo de preconceito contra o povo judeu e defendo a existência de dois Estados”, afirmou Genoino em nota. “Temos a obrigação de denunciar o genocídio do governo de Israel contra o povo palestino. Tenho defendido, incansavelmente, o cessar-fogo, a paz entre os povos e a solidariedade ao povo palestino”, acrescentou.

Após as declarações de Genoino, o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) acionou o Ministério Público do Estado de São Paulo, buscando uma ação de responsabilidade por danos morais coletivos causados à comunidade judaica no Brasil. A parlamentar bolsonarista Carla Zambelli disse ter feito o mesmo em vídeo destinado às suas redes sociais.

A ação de Kataguiri, membro do Movimento Brasil Livre (MBL), o colocou entre os assuntos mais comentados do X, antigo Twitter, uma vez que ele esteve no meio da polêmica em que defendeu a existência de um partido nazista no Brasil em podcast em 2022.

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