Magistrados iniciaram nesta terça-feira (23) uma viagem a Israel promovida por duas entidades judaicas, a StandWithUs Brasil e a Conib (Confederação Israelita do Brasil). O cronograma de visitas, mantido em sigilo até então, tem o propósito de apresentar a perspectiva israelense sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas.
O grupo é composto por oito ministros e desembargadores, incluindo o ministro do STF André Mendonça. Também fazem parte da comitiva ministros do STJ Sebastião Alves dos Reis Júnior, Marco Aurelio Bellizze Oliveira, Antonio Saldanha Palheiro e Ricardo Villas Bôas Cueva, além do vice-presidente do STM José Coêlho Ferreira. Os desembargadores federais Marcus Abraham e Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro completam a lista.
Nesta terça, os magistrados visitaram o Knesset, o Parlamento de Israel, e se reuniram com o presidente da Casa, Amir Ohana. Acompanhados pelos anfitriões da viagem, o presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, e o vice-presidente da Conib, Luiz Kignel, o grupo ainda terá encontros com sobreviventes de ataques e visitará comunidades afetadas pelo conflito.
Além disso, de acordo com a Folha de S.Paulo, está prevista uma visita ao Supremo Tribunal de Israel, ocorrendo sob a polêmica reforma judicial de Binyamin Netanyahu.
A viagem gerou controvérsias por não abordar a visão palestina sobre o conflito, não incluindo passagens pela Cisjordânia ou pela Faixa de Gaza. Todos os custos da viagem serão cobertos por entidades que apoiam Israel, levantando questionamentos sobre a imparcialidade da iniciativa.
A StandWithUs Brasil e a Conib afirmam, em nota, que a viagem, de caráter técnico, segue padrões anteriores e é integralmente custeada por ambas as instituições.
Na semana passada, um dos magistrados convidados expressou que não recebeu convite para visitar Gaza, mas afirmou que iria caso fosse convidado. Vale ressaltar que Gaza é bloqueada por Israel, com acesso restrito por terra, mar e ar, sujeito à autorização israelense. A fronteira com o Egito permanece majoritariamente fechada, sendo aberta apenas excepcionalmente para auxílio humanitário e a saída de estrangeiros de Gaza.
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link