O ex-diretor geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, está sob investigação após uma investigação interna apontar que ele não seguiu os procedimentos corretos ao deixar o cargo. Ramagem, que comandou a Abin durante parte da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixou o posto em março de 2022 para concorrer às eleições daquele ano.
De acordo com o relatório parcial da investigação, Ramagem não passou pelo checklist patrimonial usual, que exige que os servidores entreguem os equipamentos que estavam sob sua posse.
Além disso, ele também não compareceu a uma entrevista em que deveria firmar um termo de confidencialidade sobre as informações relacionadas ao seu trabalho na Abin.
A suspeita sobre Ramagem se intensificou depois que a Polícia Federal (PF) encontrou em endereços associados a ele equipamentos pertencentes à Abin, como computador, celular e possíveis pendrives de criptografia. Essa descoberta levantou questionamentos sobre possíveis práticas irregulares durante sua gestão na agência de inteligência.
Os desdobramentos da investigação também envolvem o uso do software israelense FirstMile pela Abin entre 2019 e 2021. Há suspeitas de que essa ferramenta tenha sido utilizada para espionar ilegalmente opositores políticos durante o governo Bolsonaro.
A situação se tornou ainda mais complexa com a autorização de operações de busca e apreensão contra Ramagem, que teve seu gabinete na Câmara dos Deputados e seu endereço no Rio de Janeiro vasculhados pela PF.
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