O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) declarou apoio oficial para a pré-campanha de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2024. No entanto, a decisão da deputada federal levantou a hipótese de que o presidente Lula (PT) poderia colocar Amaral em uma pasta como ministra para abrir caminho para a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), que terá Marta Suplicy (PT) como vice. O que foi negado em uma entrevista à rádio CBN Recife nesta terça-feira (30).
Lula refutou a especulação de que teria oferecido um ministério para dissuadi-la da candidatura, destacando que “o que nós precisamos é derrotar o bolsonarismo na cidade de São Paulo”.
“Eu jamais iria tentar corrompê-la com um cargo para ela não ser candidata a prefeita. Ela sabe o que pode fazer, tem noção do que é São Paulo. Se ela quiser ser candidata a prefeita, e ela vai ser, porque tem um partido político que vai decidir, não é o presidente Lula que vai impedir”, afirmou à rádio.
A menção ao “bolsonarismo” refere-se ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo Partido Liberal (PL) do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, confirmou o respaldo de Bolsonaro à reeleição de Nunes, indicando o bolsonarista Coronel Mello Araújo como vice na chapa do MDB. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também manifestou seu apoio a Ricardo Nunes em janeiro deste ano
“Todo mundo sabe que eu tenho um candidato em São Paulo que é o Boulos”, disse Lula. Sobre Marta, o presidente garantiu que ela “agrega profundamente para o projeto que nós estamos construindo na cidade de São Paulo”.
Atualmente, a capital paulista conta com três pré-candidatos à Prefeitura em 2024: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB). O também bolsonarista Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente, declarou intenção de concorrer ao pleito, mas, sem apoio dentro da sigla que apoiará Nunes, deve mudar de partido.
O deputado Kim Kataguiri (União Brasil), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), também deve se candidatar pela direita.
As convenções partidárias, que definirão as candidaturas, ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As eleições municipais estão programadas para 6 de outubro.