Conib propõe prisão de Breno Altman após declaração de apoio a Genoino

Atualizado em 30 de janeiro de 2024 às 21:41
Breno Altman de perfil, falando em microfone, em foto em preto e branco
O jornalista Breno Altman – Reprodução

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) voltou a atacar Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, por críticas ao regime israelense, que conduz uma guerra contra Gaza desde outubro do ano passado. Uma ação foi movida no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, após Altman expressar apoio a uma declaração do político José Genoino.

Em entrevista ao DCM, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) se manifestou de maneira favorável ao boicote de empresas ligadas ao regime sionista e defendeu que o Brasil cortasse relações comerciais com Israel como resposta aos ataques que acontecem na região de conflito. A entidade faz a acusação falsa de que Altman, judeu, é ‘antissemita’ e ‘nazista’.

“José Genoíno está coberto de razão. O Estado colonial e racista de Israel deve ser submetido a boicote, desinvestimento e sanções, como a África do Sul durante o apartheid. Empresas apoiadoras desse regime criminoso, incluindo as brasileiras, devem receber a mesma punição”, escreveu Altman, nas redes sociais. Altman endossou comparou a situação ao apartheid na África do Sul.

A Conib alega que tais declarações alimentam preconceitos e promovem hostilidades contra a comunidade judaica. “O posicionamento de José Genoíno, seguido por Breno Altman, e a repercussão que gerou a partir deste, está gerando pânico, temor e desespero na comunidade judaica, por se tratar de um estímulo à perseguição, tal qual aconteceu durante o Holocausto”, alega a confederação, de acordo com a Folha de S.Paulo.

“Portanto, Excelência, cada vez mais resta claro a URGÊNCIA na suspensão das páginas-rede sociais de Breno Altman, para cessar de uma vez a sua incitação de ódio contra judeus e, agora, a divulgação de ideologias nazistas”, diz o documento.

Posteriormente, Genoino negou ser antissemita, repudiando qualquer forma de discriminação contra os judeus e destacando sua crítica ao governo de Israel.

O advogado de Altman defende que suas críticas se direcionam ao sionismo, não ao povo judeu, e denuncia a tentativa de censura por parte da Conib. Ele ressalta que Altman é de origem judaica e teve familiares vítimas do Holocausto, enfatizando a incoerência de acusações de antissemitismo contra ele.

“Trata-se de uma tentativa de censurar opiniões políticas do Breno, que nada têm de antissemitismo. O que ele tem é um antissionismo, ou seja, ele é crítico ao sionismo, que é uma posição política”, pontuou o advogado Pedro Serrano

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link