A CNN Brasil vive uma crise com funcionários nos bastidores após a produção de um documentário sobre o ataque terrorista de 8 de janeiro em Brasília. A situação envolve três jornalistas da emissora e duas demissões até o momento. A informação é do blog F5 na Folha de S.Paulo.
A crise teve início em 2023, após a sugestão do projeto “Ataque aos Poderes: Um Breaking News que abalou a política brasileira”, um documentário sobre a invasão da Praça dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023. Algumas fontes afirmam que a ideia partiu de jornalistas, enquanto outras creditam a direção da CNN.
Após a aprovação do projeto, Renata Agostini, Thaís Arbex e Jussara Soares foram escaladas para produzir o documentário. O problema teve início após a conclusão das gravações: elas não tiveram acesso à edição do material e só viram o resultado do produto final quando ele foi ao ar.
Em meio à produção da obra, elas foram informadas que a emissora solicitou uma entrevista com o ex-presidente Jair Bolsonaro e que nenhuma delas seria a responsável por conduzir a conversa. O escolhido para entrevistá-lo foi o âncora Leandro Magalhães, do “CNN Arena”.
O documentário foi dividido em uma série de cinco reportagens. Thais, Renata e Jussara não gostaram do que viram já no primeiro episódio e fizeram um protesto à direção do canal, pedindo para que não fossem mais creditadas a partir do segundo.
A entrevista feita por Magalhães com o ex-presidente também não agradou, já que ele não fez perguntas sobre o pedido de indiciamento contra ele, feito pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro.
As três pediram desligamento da empresa. Thais Arbex deixou a CNN oficialmente na última quarta (30) e aceitou convite para trabalhar no Ministério da Justiça junto do novo titular da pasta, Ricardo Lewandowski. Renata, que não aparecia mais em programas da emissora desde a primeira semana de janeiro, teve a demissão anunciada nesta sexta (2).