O comandante do Exército, general Tomás Paiva, emitiu uma ordem para a realização de estudos visando ao aumento permanente do efetivo militar na Amazônia em aproximadamente 3.000 homens, segundo informações da Folha de S.Paulo.
Esse acréscimo representaria um aumento de quase 10% no contingente de militares na região amazônica. No entanto, alguns generais enfatizam a necessidade de uma análise detalhada desse aumento, destacando que não deve ser implementado a curto prazo.
Os militares apontam diversas dificuldades relacionadas ao envio de oficiais e soldados para a região, sendo o remanejamento necessário devido ao plano do Exército de redução do efetivo até 2029.
A determinação de Tomás foi feita em resposta à crise na Terra Indígena Yanomami, onde garimpeiros têm dominado a área, causando uma crise humanitária entre os yanomamis, afetando o acesso a alimentos e resultando em surtos de malária.
Um dos principais problemas enfrentados é a desnutrição, com a pesca prejudicada devido à contaminação dos rios pelo garimpo, privando a população indígena de uma importante fonte de proteína.
Além de aumentar o efetivo, o Exército planeja estabelecer dois destacamentos na Amazônia nos leitos dos rios Uraricoera e Mucajaí, visando facilitar a logística de transporte de pessoal e suprimentos na região.
No entanto, há dificuldades orçamentárias para aumentar a frota de helicópteros do Exército para uso na Amazônia, conforme alegam os militares.
O plano de aumentar a presença militar permanentemente na Amazônia foi elaborado pelo Exército e apresentado ao Ministério da Defesa, sendo encaminhado à Casa Civil após receber sugestões da Aeronáutica e da Marinha.
Diante da crise yanomami, a Casa Civil solicitou propostas de ação permanente no território indígena antes do Carnaval, visando continuar o combate ao garimpo e garantir o acesso aos serviços de saúde para os yanomamis após o término da ação emergencial do governo Lula na região.
No entanto, tanto a presença militar quanto a fiscalização na região diminuíram, coincidindo com a retomada da exploração ilegal de ouro e cassiterita, gerando uma crise política no governo. Oficiais-generais e integrantes do Ministério da Defesa argumentam que as dificuldades logísticas e os altos custos são obstáculos para alcançar as metas estabelecidas pelo governo.
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