Após ser alvo de operação da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro reclamou que acabou sua “folga” e disse “não entender” as acusações contra ele e seus aliados. A corporação cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.
“Acabou minha folga. Vejo colega sendo preso, é muito ruim. Não entendo… Tentativa de golpe. Fizemos uma transição sem problemas. A pedido do Lula, nomeei os três comandantes de Força escolhidos por ele em dezembro. Como vou nomear comandante de Força dele e dar um golpe depois?”, afirmou à coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.
O ex-presidente foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que investiga organização criminosa que atuou numa tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele está proibido de ter contato com seus aliados que também são alvos da corporação.
Atualmente em Angra dos Reis (RJ), ele recebeu a visita de policiais federais para apreensão de seu passaporte. O documento estava em Brasília, então a corporação deu um prazo de 24 horas para a entregá-lo.
Segundo o advogado de Bolsonaro, Paulo Bueno, o documento já foi enviado à corporação e a certidão de entrega do passaporte foi emitida.
Além de Bolsonaro, também receberam visitas da PF os ex-ministros-generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira. Seus ex-assessores Filipe Martins e Marcelo Câmara foram alvos de mandados de prisão. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também foi detido durante a operação, mas por porte ilegal de arma de fogo.