Essa é uma das grandes pautas à disposição do jornalismo hoje: mostrar os graves conflitos internos entre os militares, durante a armação do golpe, quando Braga Netto chegou a chamar um colega de cagão, e as sequelas desses confrontos.
O jornalismo dos jornalões, que só tem informações produzidas pela Polícia Federal sobre o golpe de Bolsonaro e dos militares, poderia se recuperar de tudo o que não fez esse tempo todo.
Que os repórteres investigativos mostrem como militares assumidamente fascistas afrontaram generais que se recusavam a participar do golpe.
É a pauta posta diante do jornalismo brasileiro da grande imprensa, que tem quadros e recursos para mobilizar equipes de repórteres e mostrar como generais desqualificados acabaram desmoralizando as Forças Armadas.
Generais que foram tão cagões – eles, e não os colegas legalistas –, que acabaram se acovardando e deixando os manés sozinhos no 8 de janeiro.
SILÊNCIO
Os militares ofendidos por Braga Netto sabiam que eram desqualificados pelo general golpista entre os colegas.
Mas agora as ofensas são públicas. Os generais chamados de covardes e cagões ficarão quietos?
O Exército, que não emitiu nenhuma nota sobre o que aconteceu hoje, não irá defender seus soldados atacados por um golpista fracassado?
BATALHÃO PSICOLÓGICO
Esse é o Brasil do Tim Maia. Só descobrimos que existe um Batalhão de Operações Psicológicas do Exército porque o comandante da unidade, coronel Guilherme Marques de Almeida, teve um troço e desmaiou ao ser cercado pela Polícia Federal.
FOLIA
A partir de amanhã e até terça-feira a Polícia Federal e Alexandre de Moraes poderiam dar um tempo, para que os brasileiros possam se concentrar no Carnaval.