Ministros do STF avaliam que há provas consistentes para prender Bolsonaro

Atualizado em 13 de fevereiro de 2024 às 7:45
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sinaliza a existência de evidências consistentes que poderiam levar à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente após a divulgação de um vídeo de uma reunião ministerial ocorrida em julho de 2022.

A Polícia Federal (PF) detalhou momentos cruciais desse encontro, ressaltando a “dinâmica golpista” da cúpula do então governo durante o período eleitoral.

Atualmente, os juízes consideram não apenas os aspectos jurídicos, mas também ponderam o cenário político ao discutir a possível decretação de prisão. Algumas análises apontam até mesmo para a perspectiva de Bolsonaro se tornar uma espécie de mártir político.

Conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo, quatro magistrados compartilham a opinião de que ainda existe consenso na maioria do tribunal de que a prisão de Bolsonaro só seria apropriada após sua condenação judicial. Contudo, essa posição pode ser modificada conforme o desdobramento do processo, especialmente diante de novos dados, como uma possível tentativa de obstrução da Justiça.

Embora diversas investigações estejam em curso envolvendo o ex-chefe do Executivo, aquela que foca em um suposto plano de golpe de Estado é considerada, no momento, a mais propensa a resultar na prisão de Bolsonaro.

Bolsonaro, então, foi pro tudo ou nada após convocar na última segunda-feira (12), uma manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, para “se defender” do STF e da PF. “Não compareçam com qualquer faixa ou cartaz, contra quem quer que seja”, disse no vídeo.

Vale destacar que a repercussão do que ocorrer na manifestação convocada por Bolsonaro poderia desencadear uma possível ordem de prisão preventiva, emanada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No despacho que autorizou a recente operação da PF, Moraes enfatizou trechos do relatório policial, apresentando farto conjunto de evidências, incluindo provas materiais. O documento sugere que Bolsonaro efetivamente articulou uma tentativa de golpe de Estado, a qual, felizmente, não obteve êxito.

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