Bolsonaristas vão tentar “empurrar” o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), para o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista. Ele quer usar a manifestação, que ocorre no próximo dia 25, para “se defender de todas as acusações”.
O governador e o prefeito não se manifestaram sobre a operação deflagrada na última quinta (8) contra o ex-presidente. Aliados de Bolsonaro têm reclamado nos bastidores sobre uma falta de solidariedade dos chefes do Executivo, que são apoiados por ele.
Por isso, pessoas próximas ao ex-presidente pretendem pressionar a dupla para ficar no carro de som usado durante o ato. “Vamos empurrá-los para a manifestação. Nem adianta se fingirem de mortos. O Tarcísio, então, não poderá se omitir”, diz um aliado de Bolsonaro à coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.
O ato que ocorre na Paulista será aberto com discurso do pastor Silas Malafaia e se encerrará com uma fala do próprio ex-presidente. A manifestação foi convocada por Bolsonaro na ultima segunda (12) por medo de ser preso.
“No último domingo de fevereiro, dia 25, às 15h, estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito. Peço a todos vocês que compareçam trajando verde e amarelo”, afirmou em vídeo divulgado na data.
Alvo de uma série de inquéritos, ele pode ser condenado a uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível até os 100 anos de idade se condenado na investigação sobre organização criminosa que planejou golpe de Estado para mantê-lo no poder.