Dois militares foram destituídos de seus cargos pelo Exército hoje, em resposta à Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Os militares exonerados são o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais. A decisão foi oficializada no Diário Oficial desta quarta-feira, assinada pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva.
Essa medida ocorre em conformidade com a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender os militares investigados pela Operação Tempus Veritatis de suas funções públicas.
Hélio Ferreira Lima foi envolvido na investigação por suas atividades relacionadas à busca por irregularidades nas urnas eletrônicas. Os investigadores alegam que suas ações visavam disseminar desinformação para desacreditar o sistema eleitoral.
Ele enviou a Mauro Cid um documento em inglês e um arquivo em PDF intitulado “fraude nas Urnas 2022”, além de mensagens insinuando a existência de dois códigos-fontes das urnas eletrônicas.
Enquanto isso, o coronel Guilherme Marques Almeida é acusado de contribuir na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e “estudos” sobre o processo eleitoral, com o objetivo de criar um “ambiente propício para a execução de um golpe de Estado”.
Em uma conversa com Mauro Cid, ele compartilhou material contendo desinformação sobre as urnas de Fernando Cerimedo, organizado por Tércio.
A Operação Tempus Veritatis, que significa “hora da verdade”, tem como alvo aliados próximos de Bolsonaro. O nome da operação faz referência à suposta conspiração para disseminar a alegação de fraude nas eleições de 2022, visando “viabilizar e legitimar” uma intervenção militar.
O grupo se dividiu em núcleos para disseminar notícias falsas sobre fraude eleitoral e invalidar a vitória de Lula nas urnas.
Alguns dos alvos de busca e apreensão incluem aliados próximos do ex-presidente, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud.
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