Nesta quinta-feira (15), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), posicionou-se em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando não encontrar motivos que justifiquem a “responsabilização” do ex-chefe do Executivo, atualmente sob investigação pela articulação de um golpe de Estado e ataques ao sistema eleitoral. Freitas reiterou seu apoio a Bolsonaro, enfatizando estar ao lado dele “sempre”, inclusive nos “momentos bons e difíceis”.
“Sinceramente, eu não consigo ver — e essa não é uma opinião minha, tem muitos juristas divididos — nada que traga uma responsabilização para ele (Bolsonaro). Não vejo. Acho que o pessoal está criando muita coisa. Com o tempo, tudo vai ser esclarecido. Confio muito num cara que eu aprendi a admirar, que eu trabalhei junto, que a única coisa que eu vi nesse tempo todo que eu trabalhei com ele foi preocupação com as pessoas, mais nada. Vou estar junto dele. Sempre”, declarou Freitas.
O governador ressaltou ainda sua “relação fraterna” com Bolsonaro, destacando valores como lealdade e gratidão que, segundo ele, permanecem inabaláveis. “Vou estar ao lado de Bolsonaro em qualquer momento, nos bons e nos difíceis. Se o presidente precisa de apoio, estarei ao seu lado”, enfatizou Tarcísio.
Essas declarações de Freitas surgem em meio a uma série de evidências levantadas pela Polícia Federal que implicam Bolsonaro e membros de seu governo na tentativa de golpe.
Documentos encontrados na sala de Bolsonaro em Brasília, por exemplo, detalham argumentos para a decretação de estado de sítio e uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Além disso, um vídeo de uma reunião de julho de 2022 mostra Bolsonaro mobilizando ministros contra o processo eleitoral.
O governador de São Paulo vinha evitando comentários públicos sobre a operação da PF envolvendo Bolsonaro. No entanto, após ser cobrado pelo coronel Ricardo Mello Araújo, indicado por Bolsonaro para a vice na chapa do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), Freitas decidiu se posicionar.
Mello Araújo também enfatizou a importância de líderes de direita, especialmente governadores, se manifestarem diante do atual cenário político. “Esses governadores precisam se manifestar, para a gente até entender se está certo, se está errado. Porque o povo está meio perdido e precisa estar ouvindo a voz de quem a gente votou. Cadê o povo da direita se manifestando”, afirmou.
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