Assinatura e identificação biométrica em contratos dificultam defesa de Jair Renan

Atualizado em 16 de fevereiro de 2024 às 22:06
Jair Renan Bolsonaro. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso, Jair Renan Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento por videoconferência no final do ano passado sobre o caso.

Apesar de negar a autoria das assinaturas, os peritos criminais constataram que a assinatura vinculada ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “foi produzida pelo punho do titular, sendo, portanto, autêntica”.

Segundo o inquérito, obtido pela GloboNews, o filho “04” do ex-chefe do Executivo conseguiu acessar o empréstimo no banco através do uso de biometria facial.

Inquérito da Polícia Civil do DF mostra que Jair Renan usou biometria facial e assinatura para acessar empréstimo. Foto: Reprodução

De acordo com as investigações, Jair Renan e o instrutor de tiro Maciel Alves de Carvalho falsificaram documentos que registravam um faturamento fictício de uma empresa de eventos. A suposta fraude envolve uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia.

Com essa documentação, eles conseguiram empréstimos bancários. Em dezembro de 2023, a dívida da empresa com o banco ultrapassava os R$ 360 mil.

A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou a conclusão da investigação e os indiciamentos, declarando que “o relatório final de investigação foi encaminhado ao Poder Judiciário em 8 de fevereiro de 2024”. Além disso, a corporação afirmou que o “processo continua sob sigilo, razão pela qual não serão fornecidos mais detalhes”.

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