A Polícia Federal (PF) divulgou detalhes sobre a Operação Hinsberg, revelando um esquema envolvendo o influenciador fitness Renato Cariani e dados de crianças.
Segundo informações da corporação, Cariani teria utilizado nomes de crianças para adquirir “hormônios de crescimento”, como o Norditropin, conhecido popularmente como “GH”.
De acordo com reportagem da CNN Brasil, Cariani teria se associado a uma amiga, identificada como Elen Couto, para conseguir receitas médicas e descontos na aquisição dos produtos.
Em diálogo registrado no relatório da PF, Cariani solicita à amiga nomes de crianças para efetuar compras adicionais dos medicamentos em questão. Elen, por sua vez, se dispõe a cadastrar os nomes fornecidos pelo influenciador, o que levanta suspeitas sobre a origem e veracidade dessas informações.
A PF destaca que Elen admitiu ter utilizado dados de alunos para o cadastro, o que reforça as suspeitas de falsificação das receitas apresentadas para a compra dos hormônios de crescimento.
Esse aspecto do caso acrescenta uma nova dimensão às investigações, sugerindo possíveis irregularidades no processo de obtenção dos medicamentos, bem como na utilização de informações de menores de idade para fins comerciais.
A relação entre o influenciador e a amiga Elen Couto é um dos pontos centrais das investigações, e os diálogos entre eles estão sendo analisados pela PF para entender o papel de cada um dos envolvidos.
Tráfico de drogas
Cariani e outras quatros pessoas se tornaram réus no caso que apura desvio de produtos químicos para produção de drogas. Na sexta-feira (16), a Justiça de Diadema aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP/SP) contra o empresário.
Além de Cariani, também viraram réus Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira. Os acusados têm 10 dias para apresentarem suas defesas e como medida cautelas, os investigados precisaram entregar seus passaportes em até 24 horas.
“Foram identificadas sessenta transações dissimuladas vinculadas à atuação desta associação para o tráfico, totalizando, aproximadamente, doze toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de quinze toneladas de cocaína e crack prontas para consumo”, alegou o MP na denúncia, segundo o G1.
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