O ato de extrema-direita, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o próximo domingo (25), espera reunir milhares de apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, e está gerando expectativas não apenas políticas, mas também financeiras.
Segundo o pastor Silas Malafaia, financiador do evento, os custos estão estimados entre R$ 80 mil e R$ 90 mil, com despesas que incluem aluguel de trios elétricos, seguranças, banheiros químicos e água.
Malafaia destacou que todas as despesas estão sendo cobertas por ele próprio, após inicialmente considerar o uso de recursos da Associação Vitória em Cristo (Avec), entidade da qual é presidente. No entanto, em comunicado nas redes sociais, o pastor anunciou que ele pessoalmente arcará com os gastos, contrariando a previsão estatutária da Avec de financiar manifestações públicas.
“Já acertei, sou eu que estou pagando. Minha conta bancária, com nota fiscal, tudo bonitinho. Não vou dar mole para Kojak. Tudo por minha conta”, disse o pastor bolsonarista em entrevista à Veja.
Além dos custos logísticos, o evento também terá um viés político, com referências às recentes declarações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou a situação na Faixa de Gaza, provocada por Israel, ao Holocausto nazista. Embora esse não seja o foco principal da manifestação, Malafaia enfatizou que as falas do presidente serão usadas como “municação” no evento.
“O Lula vai tomar uma pancada sobre isso, não vamos deixar passar. Nós estamos até agradecendo ele, porque é uma ajuda e tanta que está dando”, afirmou o pastor, ressaltando que a manifestação visa a defesa de Bolsonaro e do Estado democrático de direito.
A comparação feita pelo petista gerou uma crise diplomática entre Brasil e Israel, com o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, exigindo um pedido de desculpas de Lula: “Como ousa comparar Israel a Hitler?”.