O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em meio à controvérsia desencadeada por seus comentários sobre a situação na Faixa de Gaza. Petro afirmou que há um genocídio em curso na região e defendeu as declarações de Lula, que comparou os ataques de Israel na área com o Holocausto.
Em uma publicação no X, antigo Twitter, Petro condenou veementemente os ataques em Gaza, descrevendo-os como covardes e responsáveis pela morte de milhares de crianças, mulheres e idosos. “Lula só disse a verdade, e a verdade se defende – ou a barbárie nos aniquilará”, escreveu o presidente colombiano.
Além disso, Petro instou os países da América do Sul a se unirem para pôr fim à violência na região, enfatizando a importância da recente sentença da Corte Internacional de Justiça contra Israel como um catalisador para mudanças diplomáticas globais.
Esta não é a primeira vez que Gustavo Petro faz uma analogia entre os eventos em Gaza e o Holocausto. Em outra ocasião, o presidente colombiano comparou o cerco à Faixa de Gaza ao que os nazistas faziam com os judeus durante a Segunda Guerra Mundial, argumentando que as democracias devem se opor firmemente a tais atrocidades.
Expreso mi solidaridad integral al presidente Lula del Brasil. En Gaza hay un genocidio y se asesina cobardemente a miles de niños, mujeres y ancianos civiles.
Lula solo ha dicho la verdad y la verdad se defiende o la barbarie nos aniquilará.Toda la región debe unirse para que…
— Gustavo Petro (@petrogustavo) February 20, 2024
As declarações de Lula durante uma coletiva de imprensa em Adis Abeba, na Etiópia, continuam a gerar controvérsia. Na ocasião, ele afirmou que o Brasil condenou as ações do Hamas, mas também criticou as ações militares de Israel em Gaza. Seus comentários provocaram uma forte reação do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que os considerou “vergonhosos e graves”, acusando o presidente brasileiro de banalizar o Holocausto e ofender o povo judeu.
Em resposta aos comentários de Lula, Israel agora o considera como ‘persona non grata’. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que o petista não será bem-vindo no país até que se retrate por suas declarações sobre a guerra.
Enquanto isso, Lula reiterou sua solidariedade ao povo palestino, enfatizando a necessidade de condenar as ações do Exército de Israel em Gaza. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse em coletiva de imprensa.
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