Fala de Lula sobre Israel foi “equivocada” e “precisa de retratação”, diz Pacheco

Atualizado em 20 de fevereiro de 2024 às 19:05
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, ao criticar fala de Lula sobre Israel. Reprodução

Na terça-feira (20), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), solicitou uma retratação do presidente Lula (PT) devido à comparação entre a situação dos palestinos na Faixa de Gaza e a dos judeus durante o Holocausto.

“ Ainda que a reação feita pelo governo de Israel venha a ser considerada desproporcional, excessiva, violenta, indiscriminada, não há como estabelecer um comparativo com a perseguição sofrida pelo povo judeu no nazismo”, disse Pacheco

O presidente Lula é conhecido por estabelecer diálogos e pontes entre as nações, e acreditamos que essa fala equivocada não representa seu verdadeiro propósito. Uma retratação seria adequada, pois o foco das lideranças mundiais deve estar na resolução do conflito entre Israel e Palestina.

Pacheco fez essas declarações no plenário do Senado durante a sessão de terça-feira. Ele argumentou que a ação de Israel deve ser analisada pelas ‘instâncias próprias, da comunidade internacional, como a Corte Internacional de Justiça da ONU.’

“Não podemos compactuar com as afirmações que compararam a ação militar que está ocorrendo na região neste momento com o Holocausto, o genocídio contra o povo judeu perpetrado pelo regime nazista na Segunda Guerra Mundial”, disse o senador mineiro.

Após as declarações de Pacheco, o senador Omar Aziz (PSD-AM) defendeu Lula e pediu que Pacheco descrevesse o que está acontecendo na Faixa de Gaza, com a morte de 30 mil inocentes. Aziz afirmou que Pacheco entrou em um assunto sobre o qual a Casa “tem se mantido calada”.

‘Vossa excelência poderia me tipificar o que está acontecendo lá, com a morte de 10 mil crianças e mulheres, e até agora, quantos terroristas do Hamas —porque são terroristas— foram mortos ou presos pelo Estado de Israel?’, questionou Aziz.

Pacheco respondeu que não quis repreender Lula: “Não há de minha parte nenhum tom de polemização tampouco de reprimenda ao presidente da República. É apenas uma conclamação na busca de pacificação e de reconhecimento na parte em que há comparação de qualquer acontecimento desta natureza com o holocausto do povo judeu. É algo absolutamente indevido e impróprio e que mereceria um pedido de retratação e de desculpas”.

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