O jornalista Glenn Greenwald, vencedor do prêmio Pulitzer, láurea máxima do jornalismo, participa neste sábado (24) de uma exibição especial da TVT. Em sua fala, o repórter aborda a temática da posicionamento firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em defesa da paz na Faixa de Gaza. Por afirmar, sem rodeios, que Israel pratica um genocídio, integrantes do governo sionista acusam Lula de antissemitismo. Enquanto isso, Israel mantêm uma política que já matou mais de 30 mil pessoas, na maior parte civis, sendo 15 mil crianças e mulheres.
“Como é possível isso (a fala de Lula) ser antissemitismo? Ele está criticando as ações de um Estado, de um governo, de líderes políticos que, de seus gabinetes, comandam essa guerra. Ele critica a preocupação insuficiente com a vida dos civis. De que forma é um argumento que expresse animosidade contra judeus em geral? Obviamente sabemos que isso se trata de uma tentativa de Israel, que sempre usa, com seus apoiadores nos Estados Unidos, de acusar qualquer um que critica Israel”, afirma o jornalista norte-americano, que é judeu.
Lula tem sido uma das principais vozes do mundo pela paz em Gaza. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, durante entrevista coletiva na 37ª Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. O presidente, bem como a diplomacia brasileira e a maior parte do mundo civilizado pedem um cessar-fogo imediato de Israel, para que pare o massacre de palestinos.
Na última quinta-feira (22), o jornalista já havia dito que o petista estava certo sobre Gaza. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, Glenn destacou a diversidade na comunidade judaica e ressaltou que muitos, incluindo israelense, percebem que o conflito é um genocídio.
“Ninguém, nem mesmo Lula, está sugerindo que a escala das mortes em Gaza seja comparável ao Holocausto. O que muitas pessoas estão dizendo —inclusive alguns dos intelectuais judeus mais proeminentes do mundo, como Masha Gessen— é que os mesmos princípios de desprezo pela vida e desumanização coletiva que culminaram no Holocausto estão também por trás da destruição de Gaza”, escreveu.
Com informações da Rede Brasil Atual