A Folha de S. Paulo finalmente chama a aglomeração de fascistas hoje na Paulista pelo nome. Ataque à democracia.
Mas com um truque que dilui a decisão tomada. Ataque à democracia está na cartola, ou no chapéu, como se diz no jornalismo, e não no título.
Mas já é alguma coisa. Globo e Estadão tratam o ajuntamento de Malafaia quase como coisa da normalidade e como direito à liberdade de expressão.
No Estadão os colunistas só não vão para a Paulista e sobem no trio elétrico porque o jornal finge ser inimigo de Bolsonaro.
Mas os colunistas, que são os mais preferidos dos leitores fascistas, não conseguem fingir.
O Estadão tem até um colunista que, além de bolsonarista, é racista. E foi mandado embora da Globo por uma fala enquadrada como racismo pela própria empresa.
E tem JR Guzzo, que Zero Hora também publica e é o imbatível entre o público fascista. Esse é o Malafaia do jornalismo.
Fascistas conservadores
Mas ao mesmo tempo em que define a aglomeração na Paulista como ataque à democracia, a Folha informa que a confraria de fascistas nos Estados Unidos é um ‘encontro de conservadores’.
O jornal se refere ao que exista de mais extremado na extrema direita como conservadorismo. Fascismo passou a ser conservadorismo.
Veja os conservadores participaram do encontro em Washington. Donald Trump, Javier Milei, Eduardo Bolsonaro e o presidente reeleito de El Salvador, Nayib Bukele.
Bolsonaro não foi, porque está com o passaporte retido, e mandou dizer que não apareceu por causa da aglomeração na Paulista.
Originalmente publicado em blog de Moisés Mendes
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