Mortes de crianças e adolescentes por policiais crescem 58% no governo Tarcísio

Atualizado em 3 de março de 2024 às 15:11
Tarcísio de Freitas em evento da Polícia Militar de São Paulo. Foto: Divulgação

Um caso de violência policial chocou o Guarujá em agosto de 2023, quando o adolescente Luiz Gustavo Costa Campos foi morto por policiais militares durante uma briga. Sua tutora, Maria Silva, alega que ele foi rendido e arrastado para um mangue antes de ser assassinado, evidenciando sinais de defesa.

Essa ocorrência não é um incidente isolado: São Paulo tem testemunhado um aumento significativo de mortes de crianças e adolescentes em ações policiais. Sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas, houve um crescimento de 58% no número de óbitos em 2023, totalizando 38 vidas perdidas.

Segundo levantamento inédito da Agência Pública, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2023, 957 crianças e adolescentes foram mortos em São Paulo em decorrência de intervenções policiais.

A maioria dessas mortes envolveu a Polícia Militar, correspondendo a 95% dos casos, enquanto apenas 5% foram atribuídos à Polícia Civil. Esse cenário evidencia um problema sistêmico que precisa ser abordado pelas autoridades competentes.

O caso de Luiz Campos está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios do Deic de Santos, sob sigilo judicial, e por meio de Inquérito Policial Militar. Entretanto, as famílias das vítimas exigem justiça e transparência nas investigações.

Mortes de jovens por intervenção policial em SP. Foto: Agência Pública

A letalidade policial é um problema grave que afeta especialmente comunidades vulneráveis e minorias étnicas, como jovens negros e pardos, que representam 68% das vítimas.

Esses dados alarmantes destacam a necessidade urgente de reformas nas políticas de segurança pública e de um maior controle e responsabilização das forças policiais.

O aumento da violência policial durante a gestão atual levanta questões sobre a eficácia das medidas adotadas pelo governo para proteger os direitos humanos e garantir a segurança da população. A sociedade civil e as instituições de justiça devem trabalhar juntas para combater esse problema e garantir que casos como o de Luiz Gustavo não se repitam.

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